O OFÍCIO DE DIÁCONO

por | jul 10, 2025 | Artigos

“Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço;” (At 6.3). Os diáconos originais foram escolhidos pela congregação. No texto encontramos que o privilégio de fazer a eleição cabia à assembléia, embora os escolhidos devessem ser aprovados e consagrados pelos apóstolos (At 6.6), tratava-se de uma ação democrática bem definida e clara.

O ofício continuou no meio cristão através da congregação judaica. Toda sinagoga tinha ao menos três diáconos, os quais eram conhecidos através de suas atividades junto às dependências das sinagogas e no atendimento das viúvas e carentes da comunidade.

Tudo começou com a necessidade de cuidar das viúvas helênicas ou gregas da Igreja de Jerusalém (At 6.1), solucionar os problemas de natureza material essenciais da comunidade cristã. Para esse serviço era exigido homens que fossem dotados de elevado padrão espiritual, logo, o trabalho material não era a única responsabilidade e labor de que estavam investidos, mas também da conotação espiritual do serviço.

Vejamos brevemente algumas de suas qualificações: Por “boa reputação” entende-se que não deveriam ter-se envolvido em qualquer escândalo que lançasse qualquer reflexo adverso sobre sua moralidade e honestidade. “Cheios do Espírito santo”, pois, deveriam dar provas de serem pessoalmente participantes da promessa feita pelo Senhor Jesus de que aos seus seguidores seria dado o Espírito ou o Consolador (Jo 14.16). E por último deveriam ser homens cheios “de sabedoria”. Essa qualidade era resultado direto da anterior, ou seja, quem é cheio do Espírito conseqüentemente é sábio. Como dissemos estas são algumas das exigências para o exercício do diaconato, outras podem ser encontradas descritas mais detalhadamente por Paulo em 1 Timóteo 3.8-13.

Falando de uma maneira geral, os diáconos teriam de ser homens que cuidassem tanto das necessidades físicas como das necessidades espirituais de muitíssimas pessoas, motivo pelo qual teriam que ser indivíduos altamente qualificados “homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria”.

A instituição do ofício de diácono foi para que ficassem encarregados especialmente do ministério de servir e suprir as necessidades do templo, do culto e dos crentes. A Junta Diaconal tem uma participação integrante no Corpo de Cristo, a Igreja, pois contribui para o crescimento, maturidade da fé, do amor e da boa ordem “segundo a justa cooperação de cada parte” (Ef 4.16), realizando sua forma particular de serviço como é concedida pela graça de Deus.  Rev. Ronaldo Bandeira Henriques.