JESUS CRISTO É TAMBÉM JUÍZ

Estamos acostumados a ouvir que Jesus é nosso salvador e não nosso juiz. No presente é assim, porém, não nos iludamos, a Escritura é clara a esse respeito. A plena obediência de Jesus foi a base para a execução da obra redentora. A mesma obediência que fez dele o homem sem pecado e por isso, modelo dos homens, será exigida como critério para o julgamento dos mesmos homens.  

Quando nos deparamos com uma pessoa realmente convertida vemos que está preocupada com o problema da obediência à vontade de Deus; quando entramos em contato com uma pessoa não convertida, ela se mostra satisfeita consigo mesma. Quando se entristece não é por causa do pecado, mas sim devido às suas conseqüências. Por que se pensa assim? É que este indivíduo não avalia seus atos, palavras e pensamentos tendo como exemplo o padrão que é Jesus. Quem não conhece a Jesus não se conhece verdadeiramente.

Não se pode saber bem da medida, se o metro é fictício; nem do peso, com falsos padrões. Não se pode cantar bem, sem primeiro ouvir o diapasão.

Não é só em filosofia que a expressão de Sócrates (c. 470-399 a.C) “conhece-te a ti mesmo” tem um profundo sentido. Também em religião, o “conhece-te a ti mesmo”, é um conhecer-se deficitário sem Cristo. Só Jesus, pela sua perfeição, nos dá a conhecer nossa deficiência. É conhecendo Jesus Cristo que conhecemos a nós mesmos por completo.

A Escritura Sagrada nos esclarece que foi dado ao Filho exercer o juízo: “E lhe deu autoridade para julgar, porque é o Filho do Homem.” (João 5.27). E que seremos julgados no tribunal de Cristo: “Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo.” (2 Coríntios 5.10)

Deus há de julgar os segredos dos homens por meio de Jesus Cristo. A esse respeito diz Paulo: “no dia em que Deus, por meio de Cristo Jesus, julgar os segredos dos homens, de conformidade com o meu evangelho.” (Romanos 2.16)

É mais ou menos assim, como um aluno modelo que em uma classe tira a nota perfeita, enquanto os outros tiram nota baixa. Pergunta-se: se um pode saber a lição, segue-se que a lição foi dada. Por que não a souberam os demais?

Temos em Jesus o ser humano padrão. É o modelo e estímulo para todos os eleitos e consequentemente convertidos: é juízo para os preteridos e naturalmente réprobos. Rev. Ronaldo Bandeira Henriques.